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Sítio Roberto Burle Marx

Rio de Janeiro, RJ
Estrada Roberto Burle Marx, 2019
Telefone: (21) 2410-1412
srbm@iphan.gov.br
Horário: penas com agendamento - 3ª a sab, 9h30 e 13h30 Ingressos em espécie: R$ 10,00 por pessoa, crianças até cinco anos não pagam, idosos e estudantes pagam meia entrada. Grupos fechados: horário a combinar (até 35 pessoas / 90 min. de duração) Visita especial: visita privativa e/ou fora do horário.
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Fonte: Sítio Roberto Burle Marx
"Detém um acervo botânico e paisagístico que inclui cerca de três mil e quinhentas espécies cultivadas, com ênfase em plantas tropicais autóctones do Brasil."


O Sítio Roberto Burle Marx é um Centro de Estudos de Paisagismo, Botânica e Conservação da Natureza inserido em uma região de vegetação nativa do Maciço da Pedra Branca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Residência de Burle Marx de 1973 até 1994, ano de sua morte, o sítio é hoje uma unidade especial vinculada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Detém um acervo botânico e paisagístico que inclui cerca de três mil e quinhentas espécies cultivadas, com ênfase em plantas tropicais autóctones do Brasil. Reconhecido como uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes no mundo, testemunho das profundas alterações sofridas pela natureza no país.

Ao longo do ano são realizadas diversas atividades culturais como concertos, jornadas, exposições; recebe escolas e grupos para as visitas mediadas; realiza seminários de educação ambiental voltados aos projetos educativos das escolas da região de Guaratiba.

Burle Marx: a cor, a forma, a natureza brasileira


À vocação pelas artes plásticas somou-se a paixão pelo paisagismo tropical, fruto do distanciamento e do contato, na juventude, com dois novos universos: o das artes, expresso no cromatismo da paleta de Van Gogh; o da natureza tropical, deslocada e preservada na coleção de plantas brasileiras do Jardim Botânico de Dahlen, em Berlim.

Assim teve início uma carreira que legaria à cidade e ao país uma obra nascida da expressividade artística moderna, inspirada na natureza brasileira. Como paisagista, executou mais de dois mil projetos, dentre os quais os de maior expressão pública na cidade do Rio de Janeiro, os projetos para do Parque do Flamengo e para o Calçadão de Copacabana; como artista plástico foi da pintura à tapeçaria.

Além do paisagismo dos jardins e coleções de plantas, dispõe de um importante acervo museológico e bibliográfico, dividido em nos três conjuntos de imóveis principais que fazem parte da instituição

Na casa, tal como na época em Burle Marx lá vivia, encontram-se preservados o mobiliário, as coleções de arte sacra, pinturas e esculturas do próprio e de artistas contemporâneos, arte pré-colombiana, obras de arte popular brasileira em cerâmica do Vale do Jequitinhonha, objetos de decoração, bem como uma coleção de conchas.

Saiba mais

Espaço Físico: prédio, território e entorno

Em 1949, Burle Marx e seu irmão, Siegfried, adquiriram a propriedade em Barra de Guaratiba. No sítio, chamado, então, de Santo Antônio da Bica, havia uma antiga casa de fazenda e uma capela do século XVII, dedicada ao santo. 

Restauradas as edificações, Burle Marx logo transfere para o local a coleção de plantas iniciada, ainda em sua infância. Em 1973 mudou-se do bairro de Laranjeiras para Guaratiba, passando a morar definitivamente no sítio.

Hoje, em uma área de 365 mil m2, além do Museu-Casa, aberto em agosto de 1999, da capela, da Cozinha de Pedra e do Ateliê de Pintura, estão reunidas uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e semitropicais do mundo composta por mais de 3.500 espécies de plantas. 

Em 2000, toda a propriedade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 

Instituição: trajetória e natureza jurídica
 

O Sítio Roberto Burle Marx foi doado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - Ministério da Cultura, em 1985, pelo paisagista Roberto Burle Marx, com a o fim de que no local fosse criada uma escola de paisagismo, botânica e artes em geral, onde todo seu legado e sua paixão pelas plantas pudessem ser preservados.

Em 1994, ano do falecimento de Burle Marx, o sítio foi aberto para visitação. 

Acervo Museológico:

O acervo do Museu-Casa possui 3.125 peças, incluindo obras do próprio Burle Marx, entre elas, pinturas, desenhos, tapeçarias, vidros decorativos, murais em azulejos e tecidos. Também fazem parte do acervo coleções de vidros decorativos diversos, imagens barrocas em madeira, cerâmica pré-colombiana e cerâmica primitiva oriunda do Vale do Jequitinhonha – MG.

Acervo Botânico: Burle Marx reuniu uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e subtropicais com potencial paisagístico existentes no mundo. São cerca de 3.500 espécies de plantas cultivadas, cujas principais famílias botânicas são: Araceae, Arecaceae, Bromoliaceae, Cycadaceae, Heliconiaceae, Marantaceae e Velloziaceae. 

Em 1985, este acervo foi elevado a condição de patrimônio cultural brasileiro.

CALS, SORAIA. Roberto Burle Marx: uma fotobiografia. São Paulo: Gráfica Hamburg, 1995. 159 p.

DOURADO, GUILHERME MAZZA. Modernidade Verde: Jardins de Burle Marx. São Paulo: Editora Senac, 2009. 388p.

ELIOVSON, SIMA. Os Jardins de Burle Marx. Rio de Janeiro: Ed. Salamandra, 1990. 240p.

KAMP, RENATO. Burle Marx. Rio de Janeiro: RKF, 2005. 224 p.

TABACOW, JOSÉ. Roberto Burle Marx: Arte e Paisagem. São Paulo: Ed. Nobel, 2004. 224 p.

Imagens e vídeo

Fotos: Sítio Roberto Burle Marx

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Última modificação em Segunda, 07 Junho 2021 12:04