Museus Raymundo Ottoni de Castro Maya

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Museus Raymundo Ottoni de Castro Maya – Museu do Açude

Rio de Janeiro, RJ
Estrada do Açude, 764 - Alto da Boa Vista
Telefone: (21) 3433-499
acude@museuscastromaya.com.br
Horário: Diariamente, exceto às terças-feiras, das 11h às 17h. Entrada franca às quintas.

fonte: Sylvana Lobo

"[...] Museu-Natureza-Cidade articulado ao conceito de Patrimônio Integral."

O Museu do Açude, com o Museu da Chácara do Céu (em Santa Tereza) integra os Museus Castro Maya, hoje vinculados ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM/MINC).

A estratégia museológica implantada nos Museus Castro Maya foi estabelecida a partir da definição de um trinômio para cada um de dos museus que identificasse a prática cultural específica.

Localizado na maior floresta urbana do mundo, ao Museu do Açude foi aplicado o trinômio Museu-Natureza-Cidade articulado ao conceito de Patrimônio Integral.

Além da renovação da exposição de longa duração, o Espaço de Instalações Permanentes, implantado em 1999, sob a curadoria de Marcio Doctors, é um circuito ao ar livre que conta com as obras dos artistas contemporâneos Anna Maria Maiolino, Eduardo Coimbra, Helio Oiticica, Iole de Freitas, Lygia Pape, Nuno Ramos e Piotr Uklanski.

O circuito tem como propósito fomentar a discussão sobre a relação entre arte contemporânea e natureza.

Castro Maya, um mecenas moderno

Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968) foi um colecionador e incentivador das artes. A fundação, criada em 1963, geria sua coleção de arte. Os museus foram instalados em duas de suas residências: na do Alto da Boa Vista, o Museu do Açude, criado em 1964; na de Santa Teresa, o Museu da Chácara do Céu, criado em 1972.

No Museu do Açude estão as coleções de azulejaria, de painéis franceses, holandeses, espanhóis e portugueses, que vão do século XVII ao XIX; e de artes decorativas, de prataria, as quais revelam o olhar culto e refinado de Castro Maya, um mecenas moderno.

Saiba mais

Espaço Físico: prédio, território e entorno

A Casa do Açude, localizada em uma área de 151.132 m² na Floresta da Tijuca, foi adquirida em 1913.

A feição neoclássica inicial, reformada na década de 20, foi dotada de características próprias ao estilo neocolonial brasileiro. Sendo dessa época as arcadas e os beirais com telhas de louça policromada portuguesa.

Instituição: trajetória e natureza jurídica

O Museu do Açude e o Museu da Chácara do Céu, localizado no bairro de Santa Teresa, integram os Museus Castro Maya, instituição pública federais, vinculada ao Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM/MINC.

Os dois museus foram incorporados pela União, após a extinção da Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya, em 1983, gestora do patrimônio doado por Castro Maya para a constituição da fundação, em 1963. Um ano depois, o Museu do Açude abriu suas portas ao público.

Acervo museológico:

Coleção de Arte Oriental – Conta com cerca de 400 peças de procedências diversas dentre as quais o acervo de esculturas constituído de exemplares raros da Arte Chinesa, o acervo de pinturas com exemplares do século XIV ao XIX cujo destaca é o conjunto de xilogravuras de Hokusai, Kiyonobu e Hiroshige ( séculos XVII-XIX), louças da Companhia das Índias. Há poucas peças de mobiliário oriental na coleção como algumas mesas e dois biombos.

Artes Aplicadas – O destaque fica por conta do conjunto de mobiliário luso-brasileiro dos séculos XVIII e XIX. A coleção conta ainda com móveis modernos brasileiros adquiridos para complementar a ornamentação dos ambientes e atender às necessidades da vida cotidiana do colecionador. De origens diversas, a coleção de prataria dos séculos XVIII ao XX é constituída de objetos de toucador, peças de decoração e religiosa. Tapetes Persas ou Iranianos, Caucasianos, Turcos ou da Anatólia e Paquistaneses, tapeçarias e uma colcha indo-português do século XVIII compõem a coleção de têxteis.

Azulejaria e Louça do Porto - A coleção, representativa dos séculos XVII ao XIX, é constituída por painéis provenientes da França, Holanda, Portugal e Espanha que decoram a residência; por peças de cerâmica conhecida como louça do Porto, tipo de faiança ornamental, fabricada a partir do século XIX nos centros cerâmicos portugueses do Porto e de Vila Nova de Gaia.