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Museu Nacional - UFRJ

Rio de Janeiro, RJ
Quinta da Boa Vista, s/n.- São Cristovão
Telefone: (21) 2254-4320 – (21) 2562-6042
museu@mn.ufrj.br
Horário: Terça a Domingo de 10h - 16h
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fonte: Marcos Gusmão
"[...] mais de 20 milhões de itens distribuídos por coleções que servem de base para a pesquisa desenvolvida pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia, Vertebrados e Invertebrados."


O Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do Brasil voltada à pesquisa e à memória da produção do conhecimento, hoje, vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Sua história remonta aos tempos da fundação do Museu Real por D. João VI, em 1818, cujo principal objetivo era propagar o conhecimento e o estudo das ciências naturais em terras brasileiras. Hoje, é reconhecido como um centro de excelência de pesquisa em história natural e antropológica na América Latina. 

Detém um acervo composto por mais de 20 milhões de itens distribuídos por coleções que servem de base para a pesquisa desenvolvida pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia, Vertebrados e Invertebrados.

Depois de um longo período de apagamento histórico, promovido pela República, a memória da Monarquia Brasileira volta  à cena re-significando espaços, tempos, objetos e memórias. 

As coleções, a pesquisa científica e o ensino


Grande parte das coleções do Museu Nacional foi reunida durante a Regência e o Império, entre elas as oriundas do “Museu do Imperador” localizado em uma das salas do Paço  da Boa Vista. D. Pedro II, tal qual a Imperatriz Leopoldina, sua mãe, nutria grande interesse pelo colecionismo e pelo estudo das ciências naturais. 

Por meio de exposições  permanentes e temporárias, cerca de três mil objetos  levam ao público o resultado do conhecimento produzido pelos departamentos de pesquisa e pelos trabalhos de conservação e de restauração.

Instituição voltada ao ensino, o Museu Nacional oferece cursos de pós-graduação stricto e lato sensu, aos quais se vinculam projetos, grupos de pesquisas e a Extensão Universitária.

Saiba mais

Espaço Físico: prédio, território e entorno

O Museu Nacional ocupa um prédio histórico cuja feição neoclássica atual é o resultado dos sucessivos projetos de reformas, o último, sob a direção de Pedro José Pezerat, recebeu ampliações comandadas por Manoel de Araújo Porto Alegre e pinturas decorativas executadas Mário Bragaldi. Os jardins históricos são de autoria de Auguste François Marie Glaziou. 

Com a Proclamação da República e o banimento da Família Imperial do Brasil, os aposentos internos do palácio foram descaracterizados e a maior parte do mobiliário leiloado. 

Durante a gestão do presidente Nilo Peçanha, em 1909, os jardins foram restaurados e cercados, preservando-se as características que lhe foram dadas por Glaziou, como a Alameda das Sapucaias, o grande lago dos pedalinhos e o da gruta artificial. 

Em 1938, o prédio foi tombado pela antiga Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

Instituição: trajetória e natureza jurídica

O Museu Nacional é uma instituição pública Federal vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

A origem da instituição remonta à a fundação do Museu Real pelo decreto de 06/06/1818, assinado por D. João VI. O primeiro diretor foi o Frei franciscano José Batista da Costa Azevedo, professor de botânica e zoologia da Academia Real Militar.

O Museu Real situava-se entre as antigas ruas Nova do Conde e dos Ciganos, atuais Visconde do Rio Branco e da Constituição. 

As coleções do Museu Real foram constituídas a partir do acervo da Casa dos Pássaros, antiga Casa de História Natural criada, em 1784, pelo Vice-Rei D. Luiz de Vasconcellos e Sousa; da  coleção do mineralogista alemão Abraham Gottlob Werner (1749-1817); dos diamantes do Distrito Diamantino enviados pelo intendente Ferreira da Camara à Academia Real Militar; de espécimes geológicos, mineralógicos e zoológicos coletados pelos naturalistas estrangeiros no Brasil como Langsdorff, Natterer e  Saint-Hilaire; de peças etnográficas vindas das Ilhas  Sandwich para o Imperador Pedro I, que as doou ao Museu; da coleção de objetos mineralógicos doadas pelo  Príncipe da Dinamarca; de  produtos mineralógicos e geognósticos do vulcão Vesúvio; da coleção ornitológica  doada pelo Museu de Berlim. 

O  Museu Real tinha o patrocínio da Imperatriz Leopoldina que estimulava  os  estudos de história natural. Além das exposições e publicações sobre as expedições científicas realizadas pelas províncias, sediou conferências e aulas públicas sobre zoologia, antropologia, botânica e física.

Por ocasião da Declaração de Independência do Brasil de Portugal, em 1822, passa a se chamar Museu Imperial e Nacional vinculando-se ao Ministério dos Negócios do Império.

Com a República, em 1889, recebe o nome de Museu Nacional, vinculando-se ao Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Com o banimento da Família Imperial, foi transferido, em 1892, para o Palácio Imperial em São Cristóvão, tornando-se órgão do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, criado no ano anterior. Com a mudança de sede, várias coleções foram perdidas. 

Em 1909, vinculou-se à Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio; em 1930 ao Ministério dos Negócios, da Educação e Saúde Pública; em 1937, à recém-criada Universidade do Brasil, transformada, em 1965, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Acervo museológico: 

O Museu Nacional é o museu do país que tem sob sua guarda o maior número de bens culturais. São 20.000.000 peças dedicadas aos estudos dos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia, Invertebrados e Vertebrados. Este número, no entanto, está sujeito a expansão em razão dos trabalhos de pesquisa e coleta de campo por todo país e no exterior. Apenas parte deste acervo, cerca de 3.000 objetos, encontra-se exposto.  

Acervo arquivístico: 

A Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional/UFRJ (SEMEAR) possui documentos que registram os primórdios do trabalho científico no Brasil e as alterações ocorridas no cenário internacional das ciências; que retratam o cotidiano da instituição nos contextos político, econômico e social brasileiro; suas relações com instituições congêneres, nacionais e estrangeiras. Custodia diversos arquivos privados pessoais, de cientistas e professores.

O Centro de Documentação de Línguas Indígenas - CELIN é especializado na documentação de materiais linguísticos textuais e sonoros referentes às línguas indígenas e variedades do português do Brasil, com produção bibliográfica associada em linguística teórica e aplicada, literatura, etnologia e educação.

Tem como objetivo a recuperação e disseminação das informações contidas na documentação arquivística; garantir sua integridade física e subsidiar o desenvolvimento de pesquisas sobre a história do Museu Nacional/UFRJ, do Palácio Imperial e, principalmente, sobre a institucionalização das ciências no Brasil. 

Acervo Bibliográfico:

 A Biblioteca do Museu Nacional volta-se ao apoio das atividades de ensino, pesquisa e extensão do Museu Nacional, além do desenvolvimento de serviços e produtos para difusão da informação. Integra o Sistema de Bibliotecas e Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro - SiBI, composto por 44 bibliotecas e três arquivos documentais.

Especializado em ciências naturais e antropológicas, detém um acervo de 474.866 volumes, dentre livros, periódicos e outras publicações dos séculos passados.

A reprodução dos acervos de In-Fólios e de Obras Raras, disponibilizada em meio digital, pode ser baixada através da  página da Biblioteca Digital do Museu Nacional, UFRJ.

DANTAS, Regina Maria Macedo Costa. 2007. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2007.
Youtube
MUSEU NACIONAL - UFRJ - 194 anos - Taxidermia

Por ocasião das comemorações dos 194 anos do Museu Nacional/UFRJ várias mostras, oficinas e visitas guiadas levaram ao público presente na Quinta da Boa Vista um pouco da pesquisa desenvolvida nos departamentos de Taxidermia, Herpetologia, Antropologia, etc. O vídeo apresenta o depoimento do biólogo e taxidermista do museu, Carlos Rodrigues de Morais Neto, feito à equipe do Museus do Rio, em maio de 2012.

MUSEU NACIONAL - UFRJ
Site da instituição

Seção de assistência ao ensino – SAE

Programa de Pós-Graduação em Arqueologia

Redescobrindo a Casa do Imperador

BRASIL. Decreto de 06 de junho de 1818. Crêa um Museu nesta Côrte, e manda que elle seja estabelecido em um predio do Campo de Santa’Anna que mande comparar e incorporar aos proprios da Corôa. In: Collecção das Leis do Brazil de 1818. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1889. 

COARACY, Vivaldo. Memórias da cidade do Rio de Janeiro. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. da USP, 1988. 

DANTAS, Regina Maria Macedo Costa. A Casa do Imperador: Do Paço de São Cristóvão ao Museu Nacional. 2007. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2007.

SANTOS, Francisco Marques dos. O leilão do Paço de São Cristóvão. Petrópolis, Anuário do Museu Imperial, 1940, vol. 1.

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS: 

DANTAS, Regina. Só para os íntimos. A história do incrível museu particular que D. Pedro II exibia para convidados seletos em seu próprio palácio. Revista de Historia da Biblioteca Nacional,  Rio de Janeiro, jun. 2008. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/so-para-os-intimos >Acesso em: 30 out. 2011.

MUSEU NACIONAL - UFRJ. Seção de Museologia. Os Diretores do Museu Nacional / UFRJ: 2011. Rio de Janeiro. Disponível em:<http://www.museunacional.ufrj.br/MuseuNacional/Principal/DIRETORES.pdf> Acesso em: 30 out. 2011.

MUSEU REAL. In: DICIONÁRIO Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930). Rio de Janeiro. Fiocruz. Casa de Oswaldo Cruz. Disponível em:<http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/P/pdf/musnac.pdf> Acesso em: 30 out. 2011.

FRANÇA, José Augusto. Pierre-Joseph Pézerat (1801-1872): O ÚLTIMO ARQUITETO NEOCLÁSSICO DE LISBOA. Parte I. Revista Vivercidades. jun. 2009 parte 1. Disponível em:< http://www.vivercidades.org.br/publique_222/web/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1493&sid=21> Acesso em: 04 de novembro de 2011.

ANPUH. Anais Eletrônicos. SILVA, Paulo Vinícius Aprígio; KUBRUSLY, Ricardo Silva. O ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL E A PROMOÇÃO DAS CIÊNCIAS NO BRASIL OITOCENTISTAAnais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, julho 2011. Disponível em:  <http://www.snh2011.anpuh.org/site/anaiscomplementares> Acesso: 30 out 2011.

Imagens e vídeo

Fotos: Museus do Rio

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Última modificação em Segunda, 07 Junho 2021 11:27