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Museu Light da Energia
Av. Marechal Floriano, 168 - Centro
Telefone: (21) 2211-4515
recepcao.centro.cultural@light.com.br
Horário: visitas apenas guiadas em horários fixos: 11:15 às 12:45; 13:30 às 15h; 15:30 às 17h.
O Museu Light da energia tem como missão contribuir para a difusão do conhecimento sobre o sistema elétrico e sua relação com o nosso dia a dia.
O público alvo do museu são os estudantes do ensino fundamental e médio, assim como seus professores aos quais são oferecidas oficinas , palestras, visitas guiadas e revistas educativas segmentadas por série escolar. Há, ainda, o oferecimento de transporte gratuito para escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense.
Um museu exploratório
De forma lúdica, o visitante é convidado à reflexão por meio de várias atividades experimentais.
O ambiente sensorial da “Sala dos átomos” inicia um percurso repleto de informações vivenciadas por experimentos que tratam das diferentes formas de energia; das etapas do processo de geração, transmissão e distribuição até chegar ao consumidor final.
A questão da sustentabilidade também se faz presente na reflexão sobre os diversos usos da energia elétrica, as fontes alternativas de geração, os perigos causados pela intervenção na rede e as responsabilidades do consumidor.
Saiba mais
Espaço Físico: prédio, território e entorno
O Museu Light da energia ocupa uma área anexa ao prédio histórico da Light, inaugurado em 13 de abril de 1912.
O prédio, construído no local dos escritórios e currais da Companhia de Carris Urbanos, é um projeto dos escrtórios do primeiro presidente da empresa, o engenheiro norte-americano Frederick Stark Pearson. Nos andares superiores ficavam a administração e na parte térrea as principais linhas de bondes urbanos e o atendimento ao público.
“O prédio tem um conjunto de características arquitetônicas que o fazem único no Brasil, tendo sido tombado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro através do Decreto Nº 5459 de 08 de novembro de 1985 e classificado como de interesse nacional, através da Portaria SPHAN nº002 de 14 de março de 1986, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Uma de suas características marcantes é a estrutura metálica que, assim como os principais elementos do prédio, foi importada dos Estados Unidos. Vencendo grandes vãos e deixada aparente, a estrutura permitiu a utilização de amplos espaços abertos para a instalação de escritórios - um conceito arquitetônico e administrativo também pouco usual para a época.
Outra característica do prédio é a diferença entre o tratamento dado às fachadas laterais e de fundos, onde ressalta uma grande simplicidade, trazida pelas paredes de alvenaria de tijolos maciços também aparente, com imensas esquadrias de ferro.
Estas fachadas, típicas da arquitetura americana e inglesa da época, por si sós já constituíam algo fora do comum no Rio, uma vez que aqui eram utilizadas somente em prédios industriais, geralmente fora das áreas mais nobres da cidade, como era o caso da rua Marechal Floriano (antiga rua Larga), repleta de instituições e edificações prestigiosas como o Palácio do Itamaraty, o Colégio Pedro II, a Caixa de Socorros D. Pedro V.
A nobreza do prédio se apresentava na monumental fachada principal , de frente para a rua que, associada às demais características, torna o edifício um legítimo representante da Renascença Americana, estilo arquitetônico em moda nos Estados Unidos à época da construção do prédio e que, através da re-utilização de elementos clássicos na composição da fachada, representava uma reação à balbúrdia de estilos que caracterizou a arquitetura norte-americana do século XIX, e buscava sua inspiração nos mestres da renascença italiana, notadamente Andrea Palladio, de cuja arquitetura se encontram muitas referências na fachada do prédio da antiga sede da Light.
A fachada principal foi inteiramente fabricada nos Estados Unidos da América e trazida para o Rio onde as peças, previamente numeradas, foram montadas. O fabricante foi a empresa Atlantic Terracotta Company, de Tonenville (NY). Ela se compõe de elementos pré-moldados de terracota do tipo Carraraware (barro refratário cozido, coberto por camada cerâmica branca que imita mármore de Carrara), armados internamente por estrutura de ferro e montados no local. Este material, conhecido há séculos, foi fartamente utilizado em construções de grande porte e importância, inglesas e americanas, no período de 1840 a 1910. Sua aplicação começou a diminuir perto da Primeira Guerra Mundial e praticamente desapareceu na época da Segunda Guerra Mundial.
Excetuando-se o prédio da Light, não se tem notícia de outra utilização desse sistema construtivo no Brasil, o que o torna ainda mais notável e precioso. Que motivos teriam levado os dirigentes da empresa a escolher um estilo e materiais tão tipicamente norte-americanos para construir a sede da Companhia, numa cidade onde cultura e técnica eram perfeitamente suficientes para produzir arquitetura de qualidade? Talvez a rapidez de construção fosse muito importante, ou talvez desejassem marcar, pela peculiaridade e diferença, a presença da empresa que se tornaria a grande impulsionadora do desenvolvimento da cidade. Seja como for, o ‘prédio da Light’ tornou-se desde então, e permanece até hoje, uma referência no Rio de Janeiro.” (LIGHT. Memória. Sede da Light. 2006)
Desde sua inauguração o prédio da Light, como é conhecido, sofreu reformas que visavam à ampliação do espaço para atender ao crescimento dos serviços. Em 1935, o térreo passou a ser utilizado somente para serviços comerciais da Light, sendo construído um grande balcão de mármore com guichês de bronze; em 1977, um grande mezanino foi construído, desfigurando o projeto original.
Em 1984, o prédio recebeu o nome de Negrão de Lima e, no ano seguinte, sua fachada foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN em razão de suas características marcantes e o emprego de estrutura metálica.
Em 1989, uma grande restauração devolveu ao prédio as características de seu projeto original, com a demolição do mezanino e a criação, no térreo, do Centro Cultural Light, inaugurado em abril de 1994, no local da antiga garagem dos bondes.
Instituição: trajetória e natureza jurídica
O Museu Light da energia integra o Centro Cultural Light e está vinculado à Gerência do Instituto Light, na Diretoria de Comunicação da Light.
A Light é uma empresa privada de geração, comercialização e distribuição de energia elétrica localizada no estado do Rio de Janeiro. A companhia é responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro, seu maior polo consumidor, além de boa parte da Baixada Fluminense, exceto o município de Magé.
No projeto museológico foram utilizados experimentos variados e modernos recursos como jogos eletrônicos e painéis multimídia.
Os ambientes foram divididos por temas:
Praça das Energias: Local para reflexão e experimentação sobre diferentes formas de energia (mecânica, cinética, luminosa).
Eletromagnetismo: Explica a origem da carga elétrica, o magnetismo, a eletricidade e a indução eletromagnética.
Geração, transmissão, distribuição: detalha as etapas do processo de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, até chegar ao consumidor final.
Usos da energia elétrica: o foco desse módulo é mostrar os diversos usos da energia elétrica e o conforto que ela proporciona, enfatizando o combate aos desperdícios.
Energia e meio ambiente: enfatiza as fontes alternativas de geração de energia elétrica, os perigos na intervenção na rede e as responsabilidades do consumidor.
Site oficial do Museu
www.museulight.com.br
Site do Instituto Light
www.light.com.br/institutolight/apresentacao.asp
LOBO, Eulália Maria Lahmeyer e LEVY, Maria Bárbara (Coord.). Estudos sobre a Rio Light: relatório de pesquisa. Rio de Janeiro: Instituto Light; Centro da Memória da Eletricidade, 2008.
Mc DOWALL, Duncan. The Light – A História da Empresa que Modernizou o Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2008.
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